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sexta-feira, julho 22, 2011

Deus e o início de tudo

Ao discutir este tema com certas pessoas ateias fez-me pensar realmente naquilo que tanto nos intriga e que é a possibilidade da existência de Deus e o seu início.

É curioso que ao falarmos destes assuntos, uma das coisas que me dizem sempre é que nós temos de ser apenas racionais e que não devemos enveredar por caminhos da incerteza etc. Ora, Deus para nós não é uma incerteza. Deus para nós existe e é uma certeza. E isso é nos dado pela Fé. É acima de tudo dado pela nossa certeza de que não estamos sós no mundo e que é impossível que tudo tivesse aparecido por acaso e do nada.

Este mesmo nada é um facto irracional, pois se pensarmos que há coisas que podem aparecer de repente, não faz qualquer sentido mas é um facto aceite por muitas pessoas que não são crentes. O que é uma contradição. Se apelam à racionalidade apenas e só, este factor carece e muito de razão.

Então continuamos com a questão de como é que tudo apareceu como é que o universo ou a primeira partícula existente em toda a imensidão do nada que existia, pode aparecer? Como é que se explica racionalmente uma coisa apareça do nada. Não existe absolutamente nada na nossa dimensão que possa ser visto e explicar algo a aparecer do nada, sem interferência de qualquer outro factor.

Isto leva-me a concluir que Deus é quem está por de trás de tudo, e foi ele que desencadeou todo o universo que nós conhecemos hoje. É impossível estarmos sós pelo facto de que se formos pensar racionalmente nas coisas, entramos num círculo vicioso onde uma coisa tem de ser criada por outra, até ao infinito. E isso não tem nada de racional.

A vida é muito mais que nascer, crescer e morrer. A vida é Deus. A vida é a busca da perfeição e da compreensão de Deus . Apesar de mesmo dizendo que acreditamos n´Ele, não o compreendemos na sua totalidade. E por isso a nossa busca terá de ser incessante todos os dias.

sexta-feira, julho 15, 2011

Acreditar por ter Medo

Uma das expressões que são utilizadas por pessoas ateias, para contrariar os crentes costuma ser:
"vocês acreditam por terem medo" Este medo está associado ao medo de morrer ou o medo de estarmos sozinhos e então inventamos uma crença só para nos sentirmos bem.

Ora, falando no meu caso, eu acho essa expressão totalmente despropositada, e acho que quem a diz não pensou bem nela, e a profere apenas porque os outros disseram e fica bem e é rápida. Depois parece-me que essas pessoas dizem o que dizem, porque não aceitam que os outros possam ter outra sensibilidade para a vida que não seja apenas o nascer e morrer.

Realmente pensando neste tema faz-me ver que eu acredito não porque tenho medo. E isso seria hipócrita da minha parte e só me estaria a enganar e a prejudicar. Mas quem é que eu estava a enganar? Eu mesmo!

Quando me vêm com estas questões a primeira coisa que eu lhes pergunto é: "mas como é que sabe que eu acredito porque tenho medo?" E a resposta concreta a esta questão NUNCA aparece. Como é que estas pessoas que tanto nos julgam, e julgam a nossa capacidade de pensar sobre a vida, sabem que vivemos no medo ou que acreditamos por ter medo, se nunca nos conheceram ou falaram connosco? A única resposta da parte deles só poderá ser "Não sei"

Posso dar exemplos rápidos sobre pessoas com fé e corajosas, cujo medo não fazia parte do seu vocabulário . Relembro o padre Kolbe, que tanto arriscou na sua vida pelos outros, e onde demonstra que a sua fé é real e forte, e que não passa de um simples engano. Será que uma pessoa como o padre Kolbe era hipócrita e porque tinha medo? Como é que uma pessoa hipócrita e com medo vai tomar o lugar de um pai de família num campo de concentração? Se isto é ter medo, então eu quero ter esse medo!

Quando forem confrontados com estas questões da vossa fé, sejam firmes e não se deixem abater. Todas as pessoas são diferentes, e todas as pessoas têm diferentes maneiras de ver a vida. Há que respeitar tudo isso. Podemos mostrar o nosso lado com o nosso exemplo e talvez os outros se sintam cativados pela nossa simples maneira de ser, mesmo ao jeito de Deus.
Eu acredito porque a fé assim me diz. Porque um dia alguém me mostrou o caminho e eu ao reflectir em tudo isso, me fez concluir que será impossível estarmos sozinhos, e que a vida se resuma a nada e que tudo tenha aparecido por acaso, vindo do nada. Esse será outro tema ;)

terça-feira, agosto 11, 2009

Piedade Jesus

Pelas vezes que Te ofendemos Senhor, aqui fica esta belíssima canção para ti:

O Rebanho

Evangelho segundo S. Mateus 18,1-5.10.12-14.

Naquele momento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: «Quem é o maior no Reino do Céu?» Ele chamou um menino, colocou-o no meio deles e disse: «Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu. Quem, pois, se fizer humilde como este menino será o maior no Reino do Céu. Quem receber um menino como este, em meu nome, é a mim que recebe.» «Livrai-vos de desprezar um só destes pequeninos, pois digo-vos que os seus anjos, no Céu, vêem constantemente a face de meu Pai que está no Céu. Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove no monte, para ir à procura da tresmalhada? E, se chegar a encontrá la, em verdade vos digo: alegra-se mais com ela do que com as noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos.»

Esta leitura (que faz parte do Evangelho de hoje) alerta-nos para a tendência que o Homem tem em pensar que lá por ter muitos bens ou por ser muito reconhecido, já tem lugar firme no céu e passa à frente de todos. Se formos analisar esta passagem, Jesus mostra-nos precisamente o contrário. E com razão! As crianças são um exemplo perfeito porque nos aponta para uma inocência que os adultos há muito perderam. As crianças na sua inocência vivem a vida sem interesses sem maldade, sem exigir saber tudo. Elas aceitam os ensinamentos dos pais e assim vão crescendo em sabedoria. Quantas vezes já não nos passou pela cabela ignorar o que nos dizem por acharmos que sabemos tudo?

Outro aspecto que Jesus salienta é o facto de não deixarmos que nenhuma ovelha se perca. O mesmo podemos associar às pessoas que estão mais perto de nós. Existem muitas situações onde os mais necessitados são ignorados, estando os mesmos em situações de aflição e a precisar de muito apoio. E a culpa é nossa porque estamos a deixar perder-se uma ovelha. Porque o desespero e a solidão muitas vezes faz as pessoas pensarem coisas e fazerem coisas que não fariam se nós lá estivessemos para as ajudar e apoiar. Assim, é preciso que estejamos com muita atenção para que nenhum destes"meninos" que Jesus fala se perca do "rebanho". E não faz mal se deixamos um grupo enorme de amigos para ir ao encontro de uma pessoa que precisa de carinho. É mesmo assim que Jesus quer. Dedicação ao próximo. É assim que mostramos a nossa fé e que Jesus vive em nós. Era assim que Jesus faria. Portanto imitemo-Lo e os frutos serão colhidos bem maduros :)


Em primeiro lugar, devemos perder o defeito de estarmos constantemente a julgar as pessoas com o intuito de apenas dizer mal e de não ajudar as mesmas

Reclamações

Por vezes oiço pessoas a dizer que Deus não faz nada, Deus não quer saber do Mundo. Mas quantas vezes Deus não é posto de parte porque a Sua vontade colide com a nossa? Quantas vezes não O expulsámos das nossas vidas? E ainda O acusamos de não nos ajudar?

Deus é e será sempre o melhor amigo que alguma vez poderemos ter. Dizer que Deus não se importa com o sofrimento alheio ou que nada faz para impedir o sofrimento é muito injusto e só demonstra que ainda estamos muito longe de entender os Seus designeos.

Deus apenas quer fazer isto:



domingo, janeiro 18, 2009

Onde moras?


Hoje a leitura do Evangelho teve partes que não pude deixar de realçar. Que foi quando dois discípulos O questionaram sobre a Sua morada.

Eles disseram-lhe: «Rabi que quer dizer Mestre onde moras?»
Ele respondeu-lhes: «Vinde e vereis.»

Pois bem, é uma questão pertinente esta. Onde é que mora Jesus. Esta é uma pergunta que devemos fazer a Deus sem medos.

Tenho por vezes conversas com pessoas que não são cristãs e que me perguntam muitas vezes onde está Deus e como é que posso acreditar em algo que não se vê. A questão pode parecer fácil mas de certo que não é. Como explicar a alguém que a nossa fé nos faz crer em Deus com muita certeza. E como dizer a essas pessoas onde é que mora Deus sem ser apenas no Céu?

Acho que em primeiro lugar acho que a passagem que citei responde. Queremos saber onde mora Deus? Então venham e vejam. Já dizia o querido Papa João Paulo II: «Não tenham medo!». Pois é, se queremos mesmo saber quem é Deus e onde é que Ele mora, há que ter o mínimo de interesse em percorrer este caminho cristão que nos exige dedicação e interesse. A Igreja oferece-nos um caminho cristão para quem opta por conhecer melhor quem é que afinal é Deus. Um caminho que deve começar por uma boa catequese, seguida do sacramento do Baptismo, para depois desfrutarmos da sagrada comunhão na Eucaristia, até chegarmos aos sacramentos posteriores. Só assim poderemos conhecer melhor a Deus e perceber onde é que mora e como é que me posso relacionar melhor com Ele. Não percebo realmente, e perdoem-me o desabafo e se magoo alguém mas, não percebo o que é ser católico não praticante. Conheço muitos. E sei que muitos apenas querem saber de Deus nas horas de aflição. E depois se não têm o que querem perguntam-se onde está Deus. Onde é que Ele para? O mesmo perguntam muitas outras pessoas que nada querem ter a ver com Cristo Jesus nosso Deus. Pois claro. Não sabem porque não querem saber. Não basta fazer umas rezas e tudo fica bem. É preciso que haja uma claro relacionamento com Deus. Um interesse da nossa parte que procura Deus pelos caminhos que muitas vezes são tortuosos.

Gostava de fazer referência à primeira leitura também, que nos fala do chamamento de Deus a Samuel. O que se passava é que Samuel não percebia quem é o estava a chamar. E só com a devida atenção e resposta da sua parte é que percebeu que era Deus que o interpelava. Ora, o mesmo se passa connosco. Deus fala-nos. Deus procura-nos. Deus quer estar connosco. E nós dizemos tantas vezes que Deus não fala connosco e que não O ouvimos. Acho que tal como Samuel, devemos dizer no nosso coração: «Fala Senhor que o teu servo escuta!» E é só assim que conseguiremos de facto perceber o que é que Deus quer. É preciso estarmos atentos e silenciosos, sem pressa de obtermos as respostas no momento. Deus trabalha à velocidade que acha que deve e mais importante ainda, porque é assim que nós vamos beneficiar ainda mais dessa ajuda.

É preciso que guardemos estas coisas todas no coração tal como Nossa Senhora que estou certo que percebia muito pouco. Contudo a sua fé era tal que aguardava pacientemente.

Acho que andamos demasiado perturbados com os problemas desta sociedade e que não damos espaço para Deus falar nem muito menos para O escutar quando nos chama. Não esperem que Ele vos fale ao ouvido. Mas esperem sim situações, sinais, e coisas que parecem coincidência, mas como já são tantas que dá para perceber que não é possível tantas coincidências. Alguém nos acompanha e que subtilmente nos vai falando e indicando o caminho correcto a seguir.

Afinal de contas, onde é que Ele mora? Venham e vejam!

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Hoje há Natal?!

Será Natal?
Vejo tanta confusão.
Tantos olhos tristes.
Onde está a felicidade de coração?

Será que sabem,
Que hoje nasce Jesus?
Não vejo alegria…
Nem sequer simpatia!

Só vejo um corrupio,
E pessoas com frio.
Não é este frio de temperatura,
É frio de amor!

Já não há Jesus
Nestes olhos tristes.
Ups… enfim aparece algo.
Outrora vi olhos felizes.

Eram crianças,
Haverá esperança?
Ou não conheceram estas,
O nascimento da Divina Aliança?

Partilho hoje convosco este poema que eu mesma escrevi, na minha infinita esperança que o Natal nasca hoje nos corações mais fortes e nos mais fracos, e que também os mais fortes tenham coragem de partilhar com os mais fracos a infinita felicidade que é conhecer Jesus e celebrar o seu nascimento.
Um Santo Natal =)

domingo, outubro 12, 2008

O que é que adoramos?

Decidi assumir um compromisso, mas um compromisso com alguém muito importante, aliás o mais importante, Deus. Esse compromisso consistem em saber cada vez melhor a sua palavra, agora que sou catequista, convém saber das coisas que quero falar, quando quiser falar com eles, pois a minha missão é ajuda-los, no entanto decidi fazer isto também por mim, porque quero saber…

O compromisso consiste em ir lendo a bíblia e interpretá-la conforme penso ser a maneira mais correcta, isto claro não caindo na tentação de deixar de ser modesta e aberta a opiniões de terceiros.

Aleatoriamente escolhi um livro, e um capitulo, e li-o por inteiro… Calhou Daniel 14.

Não sei se conhecem, mas conta a historia de um rei, e do seu povo que adoravam Bel, contrariamente a Daniel que adorava Deus. Esse Bel todos os dias consumia, como prenda dos seus crentes 12 artabes de farinha, quarenta carneiros e seis medidas de vinho. Um dia o rei perguntou a Daniel porque é que adorava Deus, e Daniel disse-lhe que o adorava porque é o Deus vivo, contrariamente a Bel que era uma estátua de barro por dentro e bronze por fora. Então o rei questionou Daniel, que se assim é, porque é que o seu deus, Bel, consumia tudo aquilo diariamente?
Daniel então afirmou que não era Bel, o rei ao ver a sua fé contestada disse a Daniel que naquela noite iriam fechar o “templo” com a comida lá dentro, e que se os alimentos não fossem comidos, Daniel ficaria com o templo, e com Bel, mas se pelo contrário fosse comida, Daniel era lançado aos leões.
Assim o fizeram, mas antes de fecharem o templo Daniel espalhou pelo tempo cinza, de noite e como de costume os sacerdotes, as suas mulher e filhos, subiram sobre o alçapão do “templo”, e alimentaram-se.
No dia seguinte o rei clamou a Bel, por ter comido tudo, no entanto Daniel alertou-o para as pegadas na cinza, e o rei retribuiu com o que disse, deu o templo e a estátua a Daniel, este que os destruiu, e o rei mandou matar os sacerdotes e as suas famílias.
O povo ficou descontente e exigiu ao rei que manda-se Daniel para os leões, ou que caso contrario o matariam, o rei ao ver-se obrigado a isso, entregou-lhe Daniel.
Todos os dias aqueles leões eram alimentados, mas naquele dia não, para que famintos devorassem Daniel, mas o mesmo não morreu, assim passados dias o rei foi chorar pela morte de Daniel, e deparou-se com ele vivo, e então mandou para os leões aqueles que queria lá Daniel, e aos restantes disse para adorarem o Deus de Daniel, o único Deus!

Que conclusão é que eu tiro daqui, é simples, que não se devem adorar estatuas ou imagens para alem de Deus, o nosso pai eterno… e quantas “igrejas” ou ceitas, como quiserem chamar, já nos acusaram disto, a nós católicos, que temos a nossa igreja repleta de imagens?
Realmente eu concordo com eles, quando dizem que temos as nossas igreja tão cheias de imagens, pois ficam lindas, as nossas igrejas, contrariamente ás suas brancas, instaladas numa garagem, ou num armazém!
Mas e se as suas igrejas estivessem cheias como as nossas? A quem é que eles adoravam? Era a Deus ou ás imagens? Certamente que qualquer pessoa responderia a Deus, e não é isso que nós católicos fazemos?
Ora bem, nós temos a nossa igreja cheia de santos, mas não os adoramos, adoramos porém os exemplos que eles nos dão, porque é deles que nos queremos assemelhar, não por eles serem perfeitos, mas porque eles chegaram mais perto de Deus… e afinal não é isso que todos queremos?

A única lição que eu tiro daqui, é que todo aquele que ama a Deus terá a vida eterna, porque Deus não nos deixará ficar mal, nunca, tal como fez com Daniel, assim também o fez com o Rei, que mesmo adorando a Bel teve a oportunidade de conhecer o verdadeiro Deus, e a eles não aconteceu!

Mais uma vez digo, que é importante também não levar estes “contos” da bíblia á palavra, porque corremos o risco de nos tornar incoerentes, e até fantasiados, é natural que a historia não tenha sido assim, e que Daniel se calhar nem tenha estado numa cova com os leões, aqui o que realmente importa é a lição que tiramos daqui.

Algum de vós já ouviu falar dos mitos das civilizações gregas e romanas? Estes mitos não existiram mesmo, serviam como exemplo, e assim também serve a nossa Bíblia, e com ela todos os anjos e santos que nos acompanham, e que estão nas nossas igrejas, para nos lembrarmos do quão importantes somos enquanto humanos, e o quanto podemos ser para nos assemelharmos ao divino…

Pensem nisto!