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domingo, março 02, 2008

Os cegos

Hoje estamos no IV Domingo da Quaresma. Gostava de partilhar aquilo que me tocou mais nesta Eucaristia, e começava pelo Salmo. Acho que a sua letra é de uma força impressionante. "O Senhor é meu Pastor: nada me faltará" Cada vez mais acho que o Senhor tem que ser o meu Pastor. Sou apenas uma ovelha do Seu rebanho que se pode perder facilmente se for para longe d´Ele. É o pasto que guarda as suas ovelhas. É o pastor que zela por elas e que as conhece. Só Ele nos pode levar a descansar em verdes prados. Hoje estava a ouvir este cântico e pensava na beleza de Deus, e como Ele está sempre disposto a amar-me. Como é possível que eu não O ouça tantas vezes?

Estamos em tempo de Quaresma, e por isso mesmo devemos estar especialmente àlerta para estas nossas falhas, para que as possamos corrigir. Nunca é demais rezar, ou fazer penitência. Mas é bom que o façamos de coração aberto para Deus e não apenas para cumprir preceito. Senão já estamos como os fariseus.

Por falar em fariseus, o evangelho hoje fala-nos de uma cegueira. Fala-nos da cura de um cego, que necessitava de ser curado. Não tanto fisicamente mas mais ainda espiritualmente. É a cegueira que nos impede de ver, e que impedia os fariseus de ver. Quantas vezes dizemos que não somos cegos? Muitas! Somos cegos, e seremos até morrer, até nos encontrarmos face a face com Deus. Mas podemos ir pedindo a cura a Deus, para que nos curemos cada vez mais, e possamos espelhar a beleza e fé de Deus aos outros. Mesmo que eles não acreditem logo, só o nosso exemplo da bondade de Deus deixará marca, e quem sabe, alguém que se deixe tocar.

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