Compromisso!

Anda muita confusão na cabeça das pessoas. Hoje em dia o compromisso é cada vez menos valorizado. Hoje em dia o compromisso é cada vez menos usado. O compromisso, como a palavra refere, é algo que compromete. E muitas vezes não queremos estar agarrados a algo que nos vincula, e nos dá responsabilidades maiores. Barafusta-se com a Igreja muitas vezes por não autorizar as relações pré-matrimoniais, que muitas vezes são relações pré-pré-pré-pré…. matrimoniais. E outras vezes são apenas relações sem qualquer intenção de matrimónio. Diz-se que se duas pessoas se amam, então podem ter relações sexuais porque Deus quer é amor entre os homens e então utiliza-se este pretexto para tal. Nada mais errado. As relações sexuais exigem uma preparação séria para a vida, e não é lícito que andemos a fingir que andamos casados quando não queremos estar. Participei há tempos num debate em que se discutia a problemática da família e do casamento, e uma das coisas que se falou, foi da intenção de algumas pessoas de quererem viver juntas com o/a parceiro/a, mas sem que isso implique casamento. Eu não chego a perceber o que é que se tem de experimentar, antes de se querer fazer um compromisso sério. Sim, compromisso sério. Porque quando as coisas são de boca, e não envolvem nada mais que umas palavras, facilmente podem perder a razão de existir. Algumas pessoas querem saber se são compatíveis com a outra, partilhando absolutamente tudo com a mesma. Mas sem assumir um compromisso. É para isso que serve o namoro. Serve para o casal se conhecer. Serve para saberem quais as fraquezas e virtudes do outro. Serve para descobrirem se juntos são capazes de superar as dificuldades. Serve para saber se somos capazes ou não de fazermos sacrifícios em prol do outro. Afinal porque é que se querem casar se já estão a pensar no divórcio?

Porque é que as pessoas têm medo de assumir esse compromisso com Deus? Porque é que as pessoas exigem ter contrato sem termo e para sempre, e não aceitam que Deus exija o mesmo de nós? Como se Deus nos fosse fazer algum mal. Este compromisso tão sério e importante, não é nenhuma prisão. É algo que nos transforma, quer a nível pessoal, quer a nível espiritual. Pois pelo Sacramento do Matrimónio, o homem une-se à mulher para serem um só. Não é com a liberdade total e sem compromisso que somos livres. Somos livres se estamos dispostos a amar o outro sem reservas, assumindo todas as responsabilidades. É com o compromisso que movimentamos o mundo, até ao encontro do outro. É com o compromisso que fazemos mais a vontade de Deus. Com o casamento assumimos realmente que queremos essa vida a dois, e que queremos, se tudo correr bem ter filhos, para pormos em prática a arte que é ser pai e mãe.

Cada vez menos no mundo se valoriza o casamento. E cada vez menos no mundo se olha para o casamento como um compromisso para toda a vida. Aceitar Deus na nossa vida passa também por querermos inclui-Lo nos nossos planos. Não é dizermos ámen e depois viramos-Lhe as costas. Já pensaram que Deus não quebre nenhum dos compromisso que fez connosco? Já pensaram que todos os dias agimos de modo incorrecto, e Deus não nos vem castigar quebrando tudo o que nos prometeu?

Não queiramos Deus longe de nós. Queiram Deus bem perto! Porque só assim bem perto d´Ele, é que podemos estar em verdadeira comunhão e sentir o Seu sopro que nos aquece o dia-a-dia. Se nos vamos afastando, cada vez menos O vamos querer incluir na nossa vida. E não é isso que Ele quer. Ele quer estar connosco em tudo o que fazemos!