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terça-feira, outubro 31, 2006

A Fé na Igreja


A Igreja vive actualmente um grande desafio no que toca à fé católica Faltam padres , faltam fiéis que sejam realmente comprometidos com a religião que dizem acreditar. Hoje em dia ninguém se quer comprometer com nada. Querem apenas fazer acordos de boca, sem que haja grande responsabilidade, para que os acordos possam ser dissolvidos. Muitas pessoas criticam essa falta de fé que se instalou na Igreja. Mas como é que nós, os que criticamos fazemos para colmatar essa tal falta de fé? Uma das coisas que se vê muito é a vontade de não cumprir com aquilo que a Igreja propõe. Há uma grande vontade de uma espécie de anarquia que nos faz recuar perante a doutrina da Igreja, e não aceitar os seus preceitos. Como é que a Igreja pode estar a funcionar bem, se nós somos os primeiros a destabilizarmos e a criarmos condições que proporcionem a falta de fé aos outros?

Fala-se muito em Deus é Amor, o que é verdade. Mas por outro lado, descartam-se as recomendações da Igreja, como se não fossem precisas para entender o caminho que Deus nos propõe que sigamos. Deus sempre falou à Sua Igreja. Os seus seguidores é que nem sempre estiveram com o coração posto em Deus. E essa é uma lacuna que se aproveita para se poder renegar uma qualquer posição de fé que a religião que dizemos professar nos diz.
Deus é e será sempre Amor. Sempre foi. Mesmo no Antigo Testamento, e apesar das grandes lutas que por lá houveram, Deus foi-se revelando aos poucos e poucos àqueles povos rebeldes e selvagens. Apesar disso, parece que hoje em dia muitas pessoas não percebem Deus. As pessoas querem fazer apenas aquilo que a sua mente lhes diz. Querem ter direitos para tudo e mais alguma coisa. E Deus, e aquilo que Ele quer, fica para depois, para quando e se tivermos tempo. É por isso que existe tanta falta de vocações no seio da Igreja. Existe muito mais vontade de querermos ser apenas como nos agrada mais, e a não como Deus quer que sejamos.

É preciso que haja mais fé, que as pessoas rezem mais, que estejam com o coração mais aberto para Deus, com uma vontade imensa de O escutar. É preciso que deixemos os nossos caprichos de lado e vejamos o que é que Deus nos comunica pela sua Igreja. A Igreja que é Santa. Se estivermos sempre a pensar que os seus representantes, como erraram, também podem errar agora, então nada da sua doutrina poderá ser verdade. Ficamos só com o argumento de que Deus é Amor e mais nada. Tudo bem, Deus é Amor, isso é muito importante. Mas é preciso que nos afirmemos com convicção naquilo em que acreditamos. Não existem meias fés nem um quarto de fé. Existe uma fé. Uma só fé. Ou acreditamos na Igreja, ou não acreditamos. Sejamos coerentes com o que afirmamos.
É preciso que sejamos fortes e unidos ao Papa e à Sagrada Tradição, e a toda a Igreja Católica. Sem essa união, tudo o que se conhece vai indo por “água abaixo”. Sem essa forte ligação, o sentido do sagrado vai-se perdendo. O respeito por Deus vai-se perdendo cada vez mais. O respeito pela Igreja vai-se perdendo cada vez mais. É muito complicado funcionar-se assim. E depois criticamos que a falta de fé é devido àquilo que queremos mudar à força na Igreja. Mesmo indo contra toda a sua Tradição e vontade de Deus. Mas isso ficará para outra altura.

Peçamos a Deus por nós, pelos outros, pelos membros da Sua Igreja, para que estejamos sempre de olhos postos em Deus e receptivos à Sua Palavra. Sem Deus, não passamos de uns míseros humanos que vivemos na Terra, apenas para passar um bocado e nada mais.

1 comentário:

Pedro Guerreiro Cavaco disse...

Bom dia de todos os santos.
Queria antes de mais agradecer o comentário feito no Opus. Foi simples. No entanto, no que tende à IVG, o primeiro.

Felicidades para si - que desconheço - e para a luta que se aproxima e se revela voraz.
Tentarei o mesmo, creia.

Cumprimentos,

G. Cavaco