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sábado, março 31, 2007

Deus bate-nos à porta

Neste tempo de Quaresma Deus bate-nos à porta. É tão difícil escutá-Lo. Temos sempre algo que fala mais alto dentro de nós e que nos impede de O ouvir. Porque será que hoje em dia é tão difícil ser-se pescador? Parece que cada dia que passa fica mais difícil. O Mundo oferece-nos outras soluções mais fáceis e que a curto prazo resolvem os nossos problemas. Deus por outro lado oferece-nos o caminho que custa mais ao início. Que exige mais sacrifício, que exige mais de nós. Exige que sejamos mais responsáveis e exige que pratiquemos a caridade. Exigir no sentido de que se nos afirmamos seguidores em Cristo, é porque compreendemos a Sua mensagem. E não é possível ser-se Cristão se não se põe em prática a Sua Palavra.

Como será que estamos a viver esta Quaresma? Será que tem servido para pensarmos na nossa vida? Será que tem servido para estarmos um pouco mais atentos ao chamamento de Deus? Entristece-me ver que em certos grupos que partilham da mesma fé e que são da Igreja, mas que lutam entre si têm aversão uns aos outros. E falam mal uns dos outros. Porque é que as pessoas não se dão bem? O que é que retiram da Palavra de Deus? Não é rivalidades, não é lutas, não é excluir uns e outros. Vejo muita falta de apoio a certos grupos por parte de quem mais deveria dar. Não quero aqui estar também a dizer mal das pessoas, mas tenho reparado nestes últimos tempos em certas rivalidades que me vão afastando desses grupos e que me levam a pensar: “mas o que é que eu estou aqui(nos grupos) a fazer??” Por isso é que estas épocas são muito importantes, porque devem fazer-nos pensar, e porque não fazer-nos regressar ao diálogo como irmãos, e deixar de lado as lutas e intrigas e invejas, e tudo o mais que nos faz afastar de Deus. Se somos Igreja, então trabalhemos como tal, e não separados como se nem nos conhecesse-mos.

É preciso que deixemos ou a porta aberta, ou que estejamos atentos para ouvirmos Jesus chegar e bater à porta. Sim porque Ele bate sempre à porta. Se estamos distraídos, perdemos o “barco”.

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